segunda-feira, 7 de novembro de 2011

inexplicavelmente

Impacientemente, espero por ti, com o olhar focado na janela e na multidão que lá fora espera superar mais um dia da mesma rotina de sempre. A casa já conhece o teu cheiro, e anuncia a tua chegada mesmo antes da chave entrar pela fechadura, por volta das dez para as seis, como já se tornou habitual. Olho para ti com um ar cansado, suplicando por um beijo. Incrível como depois de tantos anos, depois de tantos dias iguais, continuo a ansiar a tua chegada e o teu olhar carinhoso.
Normalmente, com o passar do tempo, as pessoas fartam-se umas das outras. Mas já eu, cada vez gosto mais de ti.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

refúgio dos meus sentidos

De todas as vezes que a minha memória me recorda o quanto te quero, perco um pouco de controlo em mim. Um gesto tão banal como um abraço, torna-se o fruto proibído a partir do momento em que tudo parece demasiado. Mas, na verdade, um abraço seria capaz de me encher a alma neste momento. Um abraço forte, caloroso. Um abraço teu.
Como é que quase tudo o que possa desejar para a minha vida, de repente se torna numa simples junção de dois corpos? A resposta é óbvia: está relacionado contigo. E isso explica muita coisa. Mais do que alguém possa entender. Ultimamente, tudo se resume à tua pessoa, ao que parece. Dou por mim a repetir o teu nome na minha cabeça, vezes sem conta, como uma melodia já bem sabida. Inconscientemente. Inexplicavelmente. Inexoravelmente.

domingo, 4 de setembro de 2011

pedaço de silêncios perdidos

Continuo sem saber, sem perceber. Roubaste-me a lógica, a capacidade de raciocínio. E aos poucos, vais-me roubando também o coração. Agora apenas me restam palavras soltas. Puros devaneios sem sentido. E o cheiro da tua pele. Um toque de doçura no meio de tantos dias amargos. Uma brisa suave com essência a maresia.
O desejo aumenta a cada dia que passa e eu sem forças para o conseguir controlar. Não te peço a eternidade, mas a cada momento perto de ti anseio para que exista o seguinte.